Arrastando os pés seguimos quase que por destino o carro funerário, enquanto me esforço para olvidar a lenga lenga de um padre desconhecido da família e de defunto. Igrejas, vidas, decisões. Mal amanhadas formas de entrar em espiral regressiva face ao derradeiro destino. Nessa hora, o nosso espólio é depositado nas mãos de um qualquer familiar ainda e sempre desamparado. Tudo o que fomos ou não tivemos o engenho de ser perde relevância e tirando o vazio que habitará na consciência dos que nos rodearam, em breve seremos um singelo dado estatístico. Depois disso, raros serão lembrados. E corremos, evitamos, comemos e sorrimos, sempre na ânsia de aproveitar esta aleatória e confusa existência. Fim? Desconheço resposta. Tal como o anónimo sacerdote.