"Les tableaux sont effrayants, les principes sont perverts, les conséquences sont terribles, et c'est pourquoi nous avons écrit. S'il est dangereux de parler, il serait perfide de se taire." Jean-Pierre Louis de Luchet
13 de Outubro de 2010

coagitado por Daniel Martins às 23:18

Confissão feita ao leitor, com orgulho indigno deste (nada) sincero acto de contrição: sou fã de "tascas" e regular frequentador das ditas casas. Há muito escolhi um particular estabelecimento de Alcântara como refúgio de almoço. Pelo pitoresco da casa e dos donos, pela política de preços controlados, pelas pataniscas e por um sem número de razões que não me apraz enumerar neste preciso instante. Entre os camaradas de "tasquice" que fui adquirindo ao longo de meses, destaco um em particular. Antigo estivador no Porto de Lisboa, sindicalista convicto e simpático palreador de todo e qualquer tema que a jeito se ponha. Simpatizei com ele desde a primeira hora. Não obstante o obstinado maoísmo (com a expectável negação das dezenas de milhões de vítimas da aberração feita homem), o exacerbado sportinguismo e o palito que constantemente adorna o sempre visível dente canino.

 

Durante o repasto, o António afirma-se indignado com o novo agente da PSP que anda lá pelo "bairro". Ao que parece o referido agente foi excessivamente zeloso, porque multou a minha companhia de almoço. Que se limitou a estacionar onde toda a gente estaciona, há pelo menos 30 anos. É verdade que estava a pisar "ligeiramente" a passadeira. Mas sinceramente. Não há direito! Fosse ele um desses "pretos" que por aí anda a "gamar" velhotas e o dito polícia nem um dedo ousaria levantar. Finalmente, dei por mim a atingir a essência do maoísmo. E do nazismo. E do salazarismo. E do fascismo. E do estalinismo. E de todos os "ismos" que não passam de plasticina ideológica que reveste egos gigantescos e oportunistas. Ah! Pelo caminho percebi também qual a origem do lusitano fado. Andam por aí mais Zedongs travestidos do que seríamos capazes de admitir...

coagitado por Daniel Martins às 22:44

Através de um esforço diplomático notável e de uma votação difícil, conseguimos voltar a ter um lugar não permanente no Conselho de Segurança!

 

Porém, falta o mais difícil: reformular "top to bottom" uma instituição que está congelada no tempo desde da WWII. Não tenho grandes ilusões, a nossa presença não irá mudar significativamente o status quo da política internacional. No entanto, se existir vontade política nesse sentido, bem que poderíamos liderar a negociação para a inclusão de novos membros permanentes no CS, com especial relevo para o Brasil. A inclusão deste país emergente seria estratégica para a potenciação da nossa maior dádiva ao mundo: a língua portuguesa.

 

De outro modo, como se espera manter a paz mundial com uma instituição que já pouco ou nada representa?

 

coagitado por Daniel Reis às 17:26

Este é o meu primeiro post neste blog. Um post que vem de longe e é escrito por alguém que apesar de viver a 2400 kms de Lisboa, se preocupa com o que se passa no nosso País.


Após muitos anos em que o lema era “gastar agora e não nos preocuparmos com o pagar” eis que finalmente estamos a chegar à altura em que os credores aos poucos virão bater à porta e pedir o que é seu de direito. Desde a nossa entrada para a então CEE que Governo atrás de Governo apenas se preocupou em gastar em muita coisa que não era necessária e esqueceu muitas outras de grande importância. Viu-se a construção de um caixote em frente ao Planetário a que se deu o nome pomposo de Centro Cultural de Belém. Fez-se a Expo98 que de bom só trouxe a despoluição do Rio Trancão e a limpeza da zona leste de Lisboa que só de lá ir metia medo. Quase que se podia chamar a lixeira da Península Ibérica. Depois lá veio o Euro 2004. Foi um construir de estádios de futebol sem olhar aos princípios elementares de paisagem urbanística em que qualquer criança atenta terá pena de não ter uma retro-escavadora para efectuar a demolição do que vê à frente. Por fim vemos os anunciados investimentos no TGV que ninguém irá utilizar e que está provado que vai dar prejuízo, o novo aeroporto, enfim, é umdesenrolar de trapalhadas e de asneiras que insulta o mais comum dos mortais.


Será que quem nos governa o faz como governa a sua casa? Se assim é explica-se então o que todos os anos me espanta quando vou de férias a Portugal. Num país onde o salário mínimo é tão baixo e que apenas por vergonha não o menciono aqui e onde empresas requerem que os seus funcionários estejam disponíveis quase 24 horas por dia e 7 dias por semana, por vezes tenho a impressão que não estou em Portugal mas sim noutro País ou noutro planeta noutra galáxia. Vejo pessoas com ordenados baixos e que vivem em casas que muitas vezes estão cheias de humidade ou a precisar de grandes obras, a andar com roupas de marca, telemóveis de última geração, numa ostentação que apenas me faz pensar que o Governo de Portugal é o espelho da sociedade que governa.


Estrangeiros que fazem férias no nosso País por vezes perguntam como é que os Portugueses fazem para viver? Com o que ganham, como é que compram um carro, uma casa e conseguem andar vestidos como andam, passar as férias que passam, ir ao restaurante e ter todos os gadgets que têm. Eu respondo que não sei, que isso também me faz confusão. Respondo que conheço desempregados que têm filhos a seu cargo e que vão de férias aos Estados Unidos…


Fico preplexo ao ver o Serviço Nacional de Saúde e as suas famosas Listas de Espera, os preços pagos por cuidados médicos no privado, os sacrifícios pedidos aos Portugueses por “gente de barriga cheia” e que depois mostram a redução de umas meras migalhas (quando mostram) no seu salário porque “o exemplo vem de cima”.


Será a situação do País apenas culpa do Governo?

 

coagitado por Miguel às 14:27
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Gostei! Continua assim, indomável...
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